sexta-feira, 13 de abril de 2012

LIÇÃO 03 - Auxílio para o Professor



LIÇÃO 03 – OS PREPARATIVOS PARA O DIA DO SENHOR

TEXTO ÁUREO: “Depois destas, olhei, e que estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz, que como de trombeta ouvira falar comigo, disse Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer”. Ap 4.1
VERDADE APLICADA: Somente quem mantiver o olhar firme em Jesus, ouvirá o maravilhoso convite: Sobe aqui.
OBJETIVOS DA LIÇÃO:
Mostrar a unidade das Escrituras;
Ensinar que nossa época está inserida nas “coisas que depois destas devem acontecer”; e
Chamar a atenção da classe para a iminência do Dia do Senhor.

INTRODUÇÃO:
Os profetas do Antigo Testamento viram, com antecipação assombrosa, fatos que ocorrerão na terra no Dia do Senhor. Mas eles viram da Terra, por isso, eles próprios alcançaram pouca compreensão do que viram. No Apocalipse, João descreve os mesmos acontecimentos, porém acrescenta à causa que desencadeará cada evento e os agentes de cada um deles. Isso foi possível porque João viu do ponto de vista do céu.

COMENTÁRIOS:
TEXTO ÁUREO 
Ap. 4:1
“Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu...”
Depois que passaram os acontecimentos dos caps. 2 e 3, João vê uma porta aberto do Céu. Há diversos exemplos de pessoa que viram o Céu: “o terceiro céu” (2Co 12: 2); “foram vistas coisas do céu” (Ez 1: 1 / Mt 3: 16 / At 7: 56; 10: 11). A João foi feito um convite para entrar por estar porta; então ele contemplou a Câmara do Rei dos reis (leia 1Reis 22: 19, 23 / Jó 1: 6; 2: 1). Diante do Trono foi que Satanás obteve permissão de cirandar Pedro como trigo (Lc 23: 31, 32). Ali é o lugar onde todos os eventos prediletos no Apocalipse são resolvidos por Deus, antes de sua execução.

“... e a primeira voz, que como de trombeta ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer.”
“A primeira voz, que como de trombeta ouvira falar comigo”, disse João, era a mesma do cap. 1: 10. O próprio Jesus glorificado convida agora o seu servo: sobe aqui!

TEXTOS DE REFERÊNCIA
Ap. 4: 2
“E logo fui arrebatado em espírito...”
Ao soar essa voz, João foi arrebatado em espírito ao Céu. Há poder nessa voz para ressuscitar os mortos (Jo 5: 28, 29; 11: 43, 44). O arrebatamento de João serve de tipo ao da igreja (Lc 17: 34-36 / 1Co 15: 51, 52 / 1Ts 4: 17)a. É interessante verificar o que diz O. Boyer em seu livro Visão de Patmos: “Encontrar-se as palavras ‘igreja’ e igrejas dezenove vezes nos caps. 1 a 3; porém não aparecem mais, até o cap. 22: 16. A igreja desapareceu da Terra, depois do tempo citado no cap. 3: 22: Ela foi arrebatada ao Céu com o seu Senhor. Como Enoque (Gn 5: 24 / Hb 11: 5), a Igreja será transladada invisível, silenciosa e milagrosamente.

“... e eis que um trono estava posto no céu, e um assentado sobre o trono.”
O primeiro objeto que João viu após o seu arrebatamento ao Céu foi um trono. Sobre ele UM estava assentado, não havendo descrição de sua aparência exterior (Dt 4: 14 / Jo 1: 18). A sua glória refulgia e enchia todo o ambiente (leia 2Cr 7: 1, 2). O trono aqui é de conservação e paz; “justiça e juízo são a base do teu trono; misericórdia e verdade vão adiante do teu rosto” (Sl 89: 14). Revela-se a garantia do poder e da autoridade do Deus eterno (leia Is 6: 1).

Ap. 4: 3
“E o que estava assentado era, na aparência, semelhante à pedra de jaspe e de sardônica...”
A pedra de jaspe não era um jaspe comum, mas um pedra resplandecentes (A.p 21: 11), representando o Senhor na sua glória e poder. A pedra sardônica é igual ao rubi, uma pedra preciosa cor de sangue, que representa o Senhor na sua obra redentora.
Duas pedras preciosas, iguais, havia no peitoral do sumo sacerdote (Ex 28: 17-26). A primeira e a última das ordens de pedras.

“... e o arco celeste esta ao redor do trono e era semelhante à esmeralda.”
Lembra o pacto de Deus com Noé (Gn 9: 8-17), no final do Dilúvio, e releva a Nova Aliança de Deus com a sua Igreja, onde os salvos podem fitar o arco-íris semelhante à esmeralda, confirmando a esperança de todos os salvos de compartilhar da paz de Deus.

Ap. 4: 4
“E ao redor do trono havia vinte e quatro tronos; e vi assentados sobre os tronos vinte e quatro anciãos vestidos de vestidos brancos; e tinham sobre suas cabeças coroas de ouro.”
Estes tronos não estavam vazios, mas havia assentados sobre eles vinte e quatro anciãos,  com vestidos brancos e coroas de ouro em suas cabeças. Aqui não são anjos, porque os anjos nunca são vistos assentados sobre tronos, nem coroados e nem podem cantar cântico de redenção. Lembra, sim, as vinte e quatro turmas de sacerdotes no templo (1Cr 24). Duas vezes doze sugerem os santos do Antigo e do Novo Testamento. Note-se os nomes das tribos de Israel e dos doze apóstolos do Cordeiro, que estarão escritos na nova Jerusalém (Ap 21: 12-14).
Os vinte e quatro anciãos estavam assentados. Aqui, nem mesmo os maiores anjos poderiam estar assentados; mas esses anciãos estavam assentados, indicando a mais íntima relação com Deus. Trajavam vestidos brancos, que figuram aqui justiças dos santos (Ap 19: 8).
Os vinte e quatro anciãos são homens e não seres sobrenaturais, e estão coroados, já vencedores (1Co 9: 25), assentados sobre tronos, mostrando um tempo depois da vinda de Jesus (2Tm 4:8). A ressurreição e o arrependimento já haviam passando e agora estão os anciãos representando a real companhia dos remidos; foram levados ao seu juízo e coroados, logo antes de começar essa cena no Céu (2Co 5: 10 / Ap 22: 12).

Ap. 4: 6
“E havia diante do trono um como mar de vidro, semelhante ao cristal...”
O mar de vidro lembra a pia de cobre feita por Moisés 9Ex 30: 18-21)  e o mar de bronze do templo terrestre (1Rs 7: 23-26), que era para a purificação. Aqui a purificação está consumada; não há mais necessidade de água. Vê-se agora um mar de vidro, que representa a pureza. Ali tudo é sempre calmo e de perfeita paz.

“... e, no meio do trono e ao redor do trono, quatro animais cheios de olhos por diante e por detrás.”

Ap 5: 1
“E vi na destra do que estava assentado sobre o trono um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos.”
A cena é a mesma e o culto da adoração a Deus continua. João viu na mão direita daquele que está assentado sobre o trono, um livro ou rolo de pergaminho, um documento escrito por dentro e por fora, selado com sete selos. Não era o livro da vida, mas a escritura da Terra (leia Jeremias 32), um livro das pragas do Senhor (Zc 5: 1-4) a serem derramadas sobre a Terra depois do arrebatamento do santos. Um programa divino para expurgar o mal do mundo e estabelecer o reino de Deus.
Deus tinha o livro em sua mão direita, porque Ele é dono e o único possuidor de todos os direitos desse documento, e Ele só dará o livro àquele que tiver capacidade de abri-lo e desatar os seus selos (Ex 2: 8-10; Is 29: 11-13).


REFERÊNCIAS
ALMEIDA, João Ferreira de, Trad. II. Título Bíblia – português, CPAD, Rio de Janeiro, 2003.
COHEN, Armando Chaves, Estudos sobre o Apocalipse – Um comentário versículo por versículo, CPAD, Rio de Janeiro, 8ª Ed, 2001.
PRATIS, Orivaldo Aparecido, Revista: Apocalipse – Editora Betel, 2º Trimestre de 2012, Lição 02.

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